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Unidade de Acolhimento Adulto Estadual completa 1 ano de funcionamento

publicado: 18/07/2025 12h52, última modificação: 18/07/2025 13h01

A Unidade de Acolhimento Adulto Estadual (UAA-PB), serviço da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) faz um ano de funcionamento, nesta quinta-feira (17). Este serviço oferece moradia transitória para pessoas com transtornos mentais decorrentes do uso de substâncias psicoativas, em situação de vulnerabilidade social e ameaça. A UAA atua em parceria com o CAPS AD III Jovem Cidadão, responsável pela elaboração do Projeto Terapêutico Singular (PTS).

De acordo com a Gerente Operacional de Atenção Psicossocial da SES, Iaciara Mendes, esse serviço é realmente fundamental e muito importante, pois oferece acolhimento voluntário, cuidados contínuos e suporte para pessoas que enfrentam desafios relacionados ao uso de crack, álcool e outras drogas, além de situações de vulnerabilidade social e familiar.

“É uma notícia maravilhosa ver que a Unidade de Acolhimento Adulto Estadual está comemorando um ano de atuação. É um serviço recente, mas tem feito a diferença na vida dessas pessoas, promovendo moradia, educação e fortalecendo os vínculos familiares e sociais, sendo uma retaguarda importante, para quem faz acompanhamento no CAPS AD III, contribuindo para a reconstrução de vidas, oferecendo esperança, dignidade e uma nova oportunidade de recomeço”, lembrou.

O objetivo da UAA-PB é fomentar a reabilitação psicossocial por meio de suporte em áreas como educação, cultura, lazer, e mercado de trabalho, necessário ao exercício da cidadania. Atua de forma intersetorial com as políticas públicas, dentre as quais o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), Educação, Emprego e Renda.

De acordo com o coordenador da Unidade de Acolhimento Adulto Estadual (UAA-PB), Jefferson Thalles, essas pessoas enfrentam questões como vínculo familiar fragilizado e vulnerabilidade social e econômica, além de ameaça no território e precisam de um serviço de atenção diária. “Essas pessoas devem ser acompanhadas pela atenção do Caps AD III Jovem Cidadão, onde é elaborado um projeto terapêutico singular (PTS) para essa pessoa e enviada para análise da unidade de acolhimento. Se o projeto estiver em conformidade, ocorre a admissão. Na unidade, os indivíduos são tratados como "moradores" e não como usuários ou pacientes”, destacou.

O serviço de atendimento foi implantado há um ano e, atualmente, está habilitado para receber custeio federal. Durante esse período, foram obtidas todas as licenças necessárias e a proposta para financiamento mensal foi aprovada pelo Ministério da Saúde, destacando avanços significativos em comparação com outros serviços em municípios com mais tempo de existência.

Cada morador pode permanecer na UAA por até até seis meses, baseado na Portaria 121/2012. A avaliação dos usuários considera critérios como uso prejudicial de substâncias, vulnerabilidade social, quebra de vínculos familiares e riscos no território de origem. Um projeto terapêutico singular (PTS) é elaborado e apresentado à equipe técnica. Se o usuário está em conformidade com o protocolo, é admitido; caso contrário, é feita uma devolutiva ao CAPS com justificativa. O acompanhamento do projeto terapêutico é fundamental para determinar a duração da estadia do usuário na UAA.

Em alusão ao primeiro ano de funcionamento do serviço, houve um evento que contou com a participação do grupo de dança populares e trio pé de serra do Sesc PB, bem como falas da gerente operacional de atenção psicossocial, Iaciara Mendes, do coordenador da UAA Jefferson Thalles e da coordenadora do Caps Ad III Jovem Cidadão, Claudia Carvalho.