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Seap-PB por meio da Polícia Penal, participa da Operação Stakeholdes II que desarticulou facção criminosa na Paraíba
Em entrevista coletiva na Superintendência da Polícia Federal, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado da Paraíba (FICCO/PB) divulgou detalhes sobre a Operação Stakeholders II, que contou com a participação da Polícia Penal. A ação conseguiu desarticular os principais núcleos de uma facção criminosa no estado.
As investigações revelaram que o grupo criminoso operava com uma estrutura bem definida, dividida em três núcleos estratégicos: o financeiro, o administrativo e o de comando. A operação focou em desmantelar a cúpula da organização, atingindo diretamente "presidentes e conselheiros" responsáveis por sua liderança.
Ao todo, foram cumpridos onze mandados de prisão e treze de busca e apreensão, representando um golpe significativo contra a hierarquia e as operações financeiras da facção. A operação foi um sucesso no combate ao crime organizado e nas operações financeiras do grupo.
Os objetivos e as etapas da ação foram explicados à imprensa pelo secretário de Estado da Administração Penitenciária, João Alves; pelo superintendente da Polícia Federal na Paraíba, delegado Carlos Henrique Sousa; pelo secretário de Estado da Segurança e Defesa Social, Jean Nunes; pelo delegado-geral da Polícia Civil, André Rabelo; e pelo Coronel PM Eduardo Temóteo, comandante do Policiamento Regional Metropolitano (CPRM).
O gestor da Seap-PB, João Alves, avaliou a operação: “A integração das forças de segurança está cada vez mais eficiente e a Polícia Penal cumpriu seu papel, consideramos uma operação exitosa e parabenizamos nossos mais de 100 policiais penais. Seguiremos em parceria com a Polícia Federal, a Polícia Civil e a Polícia Militar em prol da segurança da sociedade”.
O superintendente da Polícia Federal na Paraíba, delegado Carlos Henrique, destacou a importância da integração das forças de segurança, razão pela qual as operações têm tido resultados significativos.
Já o secretário da Segurança e Defesa Social, Jean Nunes, ressaltou que a Operação Stakeholders II objetivou desorganizar a facção, asfixiar os núcleos financeiro, administrativo e de comando. “O trabalho continua”, disse o gestor.
As medidas cautelares para a operação foram expedidas pela 1ª Vara Regional de Garantias da Comarca de João Pessoa-PB, além de resultar no cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão, 11 mandados de prisão preventiva, também efetuou sequestro de bens e valores. As ordens judiciais estão sendo executadas nos municípios de João Pessoa/PB, Sertãozinho/PB, Guarabira/PB, Santa Rita/PB, Campina Grande/PB e Campo Grande/MS.
Atuação da Polícia Penal da Paraíba
A Polícia Penal atuou de forma precípua nos investigados que se encontravam sob monitoramento eletrônico e reclusos no sistema penitenciário, com cumprimento de 12 Mandados Judiciais, sendo seis de prisão e seis de Busca e Apreensão, através da Gerência de Inteligência e Segurança Orgânica Penitenciária (GISOP) e Gerência Executiva do Sistema Penitenciário (GESIPE), por meio da Força Tática Penitenciária – FTPEN, do Grupo Penitenciário de Operações Especiais - GPOE, do Grupo Penitenciário de Operações com Cães - GPOC e dos Policiais Penais das unidades envolvidas, empregando mais de 110 policiais e dois cães.
Durante as investigações, foi identificado que a facção mantinha um sofisticado sistema de arrecadação ilícita (“caixinhas”), por meio de contas bancárias e chaves PIX em nome de terceiros, utilizado para compra de armas, custeio logístico e manutenção de membros presos. Paralelamente, o braço administrativo, operado pelas “cadastreiras”, era responsável pelo gerenciamento de bancos de dados de integrantes, controle das “quebradas” (territórios dominados) e manutenção da hierarquia interna. Já o núcleo de comando ditava ordens estratégicas, incluindo expulsões, decretos de morte e decisões de expansão territorial.
Com a Operação Stakeholders II, a FICCO/PB busca asfixiar patrimonialmente a facção, enfraquecer sua estrutura organizacional e neutralizar sua capacidade de comando, atingindo simultaneamente as engrenagens financeira, burocrática e hierárquica.
A FICCO/PB é composta pela Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal, Polícia Penal Federal, Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social da Paraíba e Secretaria de Estado da Administração Penitenciária da Paraíba. Essa atuação conjunta e interinstitucional reforça o compartilhamento de informações, a racionalização de recursos e a eficácia no combate ao crime organizado.
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Ascom-Seap/PB com informações Ascom/PF
Imagens: Josélio Carneiro